nenhum prático, que eu havia aventado como fator provável de explicação para a psicologia excepcional dos antigos pioneiros paulistas. Os críticos, entretanto, uns de boa-fé, como Taunay e Ellis, e outros de visível má, não quiseram considerar esta tese como eu a havia posto, isto é, como uma pura hipótese, uma suposição meramente conjectural — e a tomaram (ou fingiram que a tomaram) como uma afirmação definitiva.
Tendo concentrado a sua análise exclusivamente sobre este tema (cujo desdobramento, no livro, ocupa menos de meia dúzia de páginas), os críticos acabaram dando a impressão, aos que costumam ler a crítica dos livros, mas não os livros criticados, de que todo volume da EVOLUÇÃO havia sido exclusivamente consagrado à sustentação dessa tese temerária. Em certo momento, acabei mesmo passando por ter escrito uma obra volumosa para expor e defender, no Brasil, a tese da superioridade da raça germânica... Pura obra de crítica insincera ou desonesta, como se vê.
Daí uma viva reação — e a atoarda foi grande. O único, entretanto, que não deu quase nenhuma significação à crítica feita fui eu mesmo; porque sempre considerei este tema como um ponto secundário e insignificativo, que não valia aos meus adversários perderem tanto tempo em combatê-lo, nem a mim em defendê-lo.
Devo confessar, entretanto, que um estudo mais profundo dos problemas da Raça e o crescente contato, em que entrei, com as grandes fontes da elaboração científica