neste domínio renovaram profundamente minhas ideias sobre este e outros problemas da etnologia e da antropossociologia. Destas ideias uma síntese rápida já foi esboçada num pequeno volume, saído nesta mesma coleção (Raça e Assimilação, 1932) — e só em dois outros volumes, ainda em preparação, poderei expô-las na complexidade dos seus detalhes.
Sob este novo ângulo de visão, a questão da raça germânica, do dólico-louro e da sua superioridade etc., reduziu-se muito da sua importância e acabou saindo do horizonte das minhas preocupações, pelo menos no que concerne ao Brasil. Outros problemas mais interessantes e fecundos — o das seleções telúricas, o da aclimatação, o da seleção eugênica da imigração, o da assimilação, o dos cruzamentos, o da psicologia diferencial dos tipos antropológicos — tomaram o seu lugar e começaram a me absorver o pensamento e o gosto da investigação.
Minha convicção, aliás, é de que o clima incompatibiliza o nosso meio para habitat do grande tipo de Lapouge: ora, isto é bastante para tornar o assunto do dólico-louro sem interesse, presentemente, para o nosso país. E muito menos o interessará no futuro, dado o deslocamento progressivo dos grandes focos emigrantistas do ocidente para o oriente e sul da Europa, regiões de celtas, de eslavos, de mediterrâneos, de iberos — e não de nórdicos. Daí a minha despreocupação atual por esta tese.
Foi, destarte, esta segunda parte, que versa sobre a evolução da raça — a única, das três de que se compõe