Evolução do povo brasileiro

data da primeira edição deste livro, estavam, por assim dizer, ainda habitadas do íncola bravio ou recobertas de florestas primitivas. Povoações e cidades novas surgiram em regiões apartadas do planalto meridional — como Londrina e outras, nos altos sertões do noroeste paranaense — que constituem, presentemente, focos de extraordinária expansão desbravadora e colonizadora. Por sua vez, no âmago do Brasil central, um novo centro demográfico — a cidade de Goiânia — construída com surpreendentes rigores de técnica urbanística — prenuncia, para os imensuráveis sertões goianos e mato-grossenses, uma era de profunda transformação nos seus aspectos geográficos e culturais. Uns e outros constituem verdadeiros centros vitais, sem dúvida poderosamente expansivos, de irradiação demográfica imprevisível. Uns e outros denunciando essa incoercível projeção das nossas populações no sentido dos grandes planaltos centrais e que é um dos traços mais impressivos e relevantes da nossa expansão colonizadora.

No tocante aos aspectos étnicos, a massa imigratória, não obstante um pouco reduzida nas suas correntes por motivo de restrições impostas pelos países de emigração e por força de dispositivos constitucionais, cresceu sensivelmente. O caráter quase exclusivamente ariano, que sempre teve, complica-se agora com os afluxos asiáticos, em cuja composição predominam quase exclusivamente os japoneses. Estes atingem uma população de, talvez, 200 mil indivíduos, concentrados quase num só Estado — o de São Paulo. Contudo, o predomínio,

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