Raça e assimilação

metódica" e, por isso mesmo, deixando-nos frequentemente embaraçados e vacilantes, porque o seu ceticismo fundamental os torna quase sempre inconclusivos. O livro de FEBVRE, por exemplo, sobre antropogeografia, que me parece um dos melhores, peca principalmente por este tomo dubitativo, por esta inclinação ao ceticismo, que o atravessa todo.(1) Nota do Autor O de PITTARD peca também por isso, e excessivamente, e ainda mais por um espírito claramente antigermânico, que também não deixa de aparecer na obra de FEBVRE.(2) Nota do Autor Em FEBVRE sente-se a preocupação de reagir contra a concepção antrogeográfica de RATZEL e em PITTARD o empenho em não dar tréguas às idéas da antropossociologia de LAPOUGE e AMMON.

O livro de PITTARD não é propriamente um grande livro, mas sim um bom livro. É inferior, como obra de etnologia geral, ao livro clássico de DENIKER e à sólida obra de KEANE, recentemente refundida por HADDON.

Neste livro, PITTARD resume os estudos e as conclusões mais recentes sobre a composição étnica e antropológica de todas as populações do globo — e se é inegável que os resumos são feitos sempre com felicidade, não se pode dizer que o sejam sempre com honestidade. Evidentemente as capacidades de PITTARD como sintetizador, apesar da sua limpidez latina, estão muito

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