longe do gênio compreensivo, da maitrise, da intuição do traço essencial de RIPLEY e o seu modo expositivo não sofre comparação vantajosa com a probidade catedrática de DENIKER e, menos ainda, com a austera imparcialidade de KEANE. Dominado pelo pensamento obsessivo de não dizer nada que possa levar o leitor a pensar que há qualquer parcela de verdade no que afirmam os antropossociologistas da escola de WOLTMANN e AMMON, PITTARD, com este intuito, lança mão de sofisma e de omissões intencionais, de argumentos pueris — o que torna o seu livro absolutamente suspeito por este lado como obra de informação e de ciência.
Não vale falar da puerilidade dos argumentos com que ele combate a chamada "lei da concentração dos dolicóides" de AMMON (que, aliás, não é uma lei, porque falhou quase em toda parte, na Itália, na Polônia, na Bélgica, em Portugal, etc.). Quero apenas mostrar como a preocupação antigermânica de PITTARD o leva a um sofisma e a uma omissão intencional.
Em relação a esta última, basta-nos considerar a síntese que ele fez da composição antropológica da população chinesa. PITTARD não podia deixar de referir-se aos trabalhos e às conclusões de LEGENDRE; mas, ao resumi-los, revelou uma parcialidade facilmente demonstrável. LEGENDRE chegara à conclusão que, na China Setentrional, a população não era exclusivamente mongólica, mas também ariana — e que os elementos mais importantes, as grandes figuras chinesas não pertenciam à raça amarela, mas a um tipo étnico diferente,