Raça e assimilação

ideal é condenar à infecundidade todas as pesquisas realizadas.

Em suma: é talvez possível utilizar com vantagem os dados obtidos sobre os "brancos", "caboclos", "negros" e "mulatos", considerados cada um destes grupos étnicos como um "tipo", enquanto permanecermos dentro do campo da pura antropometria ou da antropologia física; mas não cremos que seja possível manejar com eles utilmente quando tivermos de operar no campo da antropologia funcional, isto é, da antropologia no seu aspecto dinâmico, que é o da hereditariedade étnica; que é o da seleção telúrica; que é o da fecundidade diferencial; que é o da mortalidade diferencial; que é o da net fertility diferencial; que é o da patologia diferencial; que é o da psicometria diferencial; etc.

Sob este aspecto, parece-nos impossível chegarmos a resultados fecundos, se nos obstinarmos em tratar, em nosso meio, indistintamente, como se fossem a mesma coisa, o colono italiano, vindo da Basilicata, que é um puro Ibero, o colono alemão, vindo do Hanôver ou do Holstein, que é um puro Nórdico, o colono iugoslavo, vindo da Bósnia ou da Croácia, que é um puro Dinárico, e o colono russo, vindo da Ucrânia, que é um puro Celta. Este nivelamento pode ser muito legítimo para os efeitos censitários — de estatística demográfica. Mas, em morfologia da raça, não; em biologia da raça, não; em sociologia da raça, não.

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