daqueles com quem convivemos ou tentamos estudar. O caso típico de Joaquim Nabuco. Este homem impressionou-me tão vivamente na adolescência que só a custo me contenho no prazer de louvá-lo. É possível, também, que íntimas razões de regionalismo e de analogia de origens na velha gleba pernambucana influam sobre o bem que sempre lhe quis e me levam a evocar-lhe a figura (tão viva, por exemplo, no belo livro que inspirou à sua ilustre filha, Carolina Nabuco) com uma espécie de comovida saudade de amigo. Como Joaquim Nabuco, nasci e vivi a minha infância num engenho de açúcar, na doce e úmida paisagem de rios e córregos de planície, de canaviais e coqueiros do sul de Pernambuco, onde se enquadra Mossangana. Desejei ardentemente as cousas que me pareciam nobres e belas: as viagens, o mundo, as vitórias políticas, uma grande causa nacional ou humana, que ele realizou e que hoje, decerto, eu não julgaria tão interessantes.
Mas volto a Rui Barbosa. Penso, em verdade, que ele merece a estima e a admiração dos Brasileiros. Entre as suas possíveis falhas e as suas extraordinárias virtudes, é enorme o saldo a levar-se-lhe em conta. Sua pregação doutrinária, certo, já não teria sentido no mundo atual, trabalhado por inquietações e angústias, que o do tempo de Rui não conheceu. Mas nada fará esquecida a sua luta ardente pela liberdade, pela justiça e pela ordem civil.
Concluindo esta rápida revista sobre as figuras que estudo no presente livro, julgo serem hoje, como há