corpo, nem pelos costumes e hábitos, mas apenas pela diferença das línguas.
São de estatura mediana, bastante esbeltos, de pouca força física, de cor pardo clara, cabelos lisos e compridos. Não se deformam nem pela tatuagem, nem por batoque nos lábios, nariz ou orelhas e não têm na fisionomia coisa alguma que os distinga dos demais selvagens do Brasil.
Como aconteceu com os Coroados, suas relações com os brancos, em dependência muito grande, não exerceram influência favorável sobre o desenvolvimento intelectual, nem nobilitaram a expressão da fisionomia.
São indolentes, preguiçosos e visionários, indiferentes a iniciativas outras que não as paixões baixas. A fisionomia mesquinha revela esse estado de decadência moral.
Mais inclinados a aceitar os defeitos que as virtudes de seus vizinhos europeus, ocupam-se, de preferência, em caçar com flechas compridas de junco, ratos de lagedo Nota do Tradutor ou animais outros, durante dias inteiros, ou cogitam de roubar e matar impunemente o gado dos fazendeiros.
Entre si são muito unidos contra os europeus. Obedecem de má vontade à ordem do intendente municipal, de plantar milho e bananas e, nas épocas de falta geral de víveres, confiam no governo, de quem ainda se consideram credores.
Praticam as habilidades comuns aos indigenas, tecendo macas e redes com fios da palmeira Tucum, e preparam louça de barro, com muita satisfação.
Sabem preparar da raiz da mandioca, por fermentação ácida, uma bebida agradável, o cauim Nota do Tradutor. Ocupamo-nos,