Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

pensei que tão subitamente surgisse um casus belli tão ridículo quanto iníquo e violento. Para mim isto é mais do que le commencement de la fin. Dado o primeiro passo virão logo a intimação positiva para o tratado, a reclamação dos 60.000 contos de despesa feita com os cruzeiros por causa do tráfico, a renovação da questão sobre os consulados, a emancipação dos escravos existentes, etc. etc. Decididamente a Inglaterra vê e calcula que este gigante da América do Sul, apesar de tudo, cresce e cresce, e isto não lhe convém, é pois preciso apoquentá-lo, e não hesita em fazê-lo. Depois das violências cometidas pelo cruzeiro inglês às nossas barbas, ninguém pensou que o desenlace da questão fosse tão breve, nem qual foi, pois que não só se anuiu ao que desde o princípio o Christie queria, senão que se foi adiante, porque se dará o dinheiro que o governo inglês exigiu. Entretanto o Diário chama a isso um desfecho honrosíssimo! Como não se está rindo o bom Christie! E saiba mais: dias antes do rompimento reuniu este na Legação o Almirante Wasser, o Cônsul e o 1º Secretário para acordarem no melhor meio de represálias, pois sabiam que o governo não anuiria ao ultimatum, e o Almirante insistiu em que se desembarcasse da fragata Forte 300 marinheiros e por um coup de main se apoderassem da Fortaleza de Sta. Cruz! Foi preciso grande esforço do Cônsul para dissuadir o Christie de semelhante atentado, que realizaria sans coup ferir pois só existem

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