Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

bagaço, economizar combustível e quase dispensar a lenha. Foi o Dr. Manoel Jacintho de Sampaio e Mello quem, no seu engenho de São Carlos, na Cachoeira, depois de grandes despesas e não pequenos prejuízos, o ensaiou vitoriosamente, para descrevê-lo numa obra que corre impressa e com que arrostou os "sarcasmos da rotina". Abrantes, que se manifesta, a respeito de Sampaio e Mello e do sistema que tão felizmente adotou e vulgarizou, um entusiasta sem reservas, exclamava, no seu "Ensaio sobre o Fabrico de Açúcar": "e quem pensa-lo-á! Entre os desprezos que a ignorância d'então houve por bem fazer-lhe, devo mencionar o de se ter posto à sua propriedade, por cúmulo de mofa, a alcunha de "Engenho da Filosofia".

A essa invenção deveu a Bahia poder aumentar o número de seus engenhos, pela limitação da área necessária a cada estabelecimento. A superficie de terras de um engenho se repartia entre tabuleiros para canas; pastos para os bois de carros e os da almanjarra, para muares das "cavalarias" e alguns raros animais de criação;(1) Nota do Autor e os amplos matos, para saciar as fornalhas. Com o novo invento dispensaram-se tantos matos. Abriram-se engenhos em lugares onde outrora pareceria impossível; ressurgindo a moer outros de há muito abandonados.

Na decada de 1840-1850 José Rodrigues de Figueiredo, Salvador Moniz, Sancho de Bittencourt e outros proprietários arriscavam suas fortunas chamando a todos os que se apresentavam na província,

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