Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

Gonçalves Martins, quando presidente da província, importara dos Estados Unidos uma aparelhagem completa para um moderno engenho de açúcar, para ser adquirida por algum particular em concorrência. Ninguém se aventurou a essa aquisição, pois o preço de setenta e um contos era muito elevado. A província veio afinal a se desfazer desse engenho, vendendo-o mediante concorrência ao próprio Gonçalves Martins, que o assentou no engenho São Lourenço. Mais tarde em 1867, no Senado, ele contaria num discurso de grande interesse, a odisseia que lhe custara essa usina.

Tinham sido estes os pioneiros do progresso da lavoura de cana e fabricação de açúcar. Chegara a vez de Cotegipe; e a usina "Jacaracanga", erigida para servir de exemplo à industria da província, veio a ser uma das causas, e o começo da decadência da fortuna particular do seu fundador, a quem exaltava o entusiasmo de propagandista.

No ano seguinte à inauguração da usina fazia ele uma exposição ao Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, que a publicou em folheto.(1) Nota do Autor Aí relatava minúcias sobre a máquina, os dessecadores a vapor, as taxas centrífugas, as turbinas, assinalando a economia de combustível, tempo, mão de obra, obtida superioridade no produto, esperando n'outras safras levar a termo as suas observações e comparações, e expor experiências.

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