Gonçalves Martins, quando presidente da província, importara dos Estados Unidos uma aparelhagem completa para um moderno engenho de açúcar, para ser adquirida por algum particular em concorrência. Ninguém se aventurou a essa aquisição, pois o preço de setenta e um contos era muito elevado. A província veio afinal a se desfazer desse engenho, vendendo-o mediante concorrência ao próprio Gonçalves Martins, que o assentou no engenho São Lourenço. Mais tarde em 1867, no Senado, ele contaria num discurso de grande interesse, a odisseia que lhe custara essa usina.
Tinham sido estes os pioneiros do progresso da lavoura de cana e fabricação de açúcar. Chegara a vez de Cotegipe; e a usina "Jacaracanga", erigida para servir de exemplo à industria da província, veio a ser uma das causas, e o começo da decadência da fortuna particular do seu fundador, a quem exaltava o entusiasmo de propagandista.
No ano seguinte à inauguração da usina fazia ele uma exposição ao Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, que a publicou em folheto.(1) Nota do Autor Aí relatava minúcias sobre a máquina, os dessecadores a vapor, as taxas centrífugas, as turbinas, assinalando a economia de combustível, tempo, mão de obra, obtida superioridade no produto, esperando n'outras safras levar a termo as suas observações e comparações, e expor experiências.