os outros, mas falando menos, pareciam mudar menos.
Esse quase defeito, aliás, era forma de uma das suas virtudes políticas — a plasticidade — que levava até o ponto onde era compossível à inteireza da personalidade.
Consentia apenas que as posições, os cargos, as honrarias escassamente lhe peassem as originalidades, as características de seu marcado eu. Enquanto nos outros o formalismo pesava como uma férrea armadura, nele abotoava ao ombros um manto leve e elegante.
Estes e outros traços de um inconfundível perfil pessoal estão riscados com nitidez neste lanço inicial da vida de Cotegipe, ainda que só no período seguinte se encontre o cerne de sua biografia.
É depois de 1867 que os contornos se lhe avivam, as saliências se destacam, e o movimento da ação toma feições grandiosas e dramáticas, capazes de comunicar à crônica política as proporções de uma larga tela histórica.
Mas já nesse Cotegipe dos primeiros tempos juntam-se o orador, o ironista, o homem de energia, o estadista com altíssima dose de previsão, o patriota inquieto, o administrador progressista, o congregador de simpatias, e o homem de sociedade. De novo só lhe falta o diplomata que saberia ser grande e forte.
Neste volume desde logo se vislumbram as linhas de seu roteiro.
No ir e vir da vida partidária, entre a crítica ou o reclamo de oposicionista e a realização ou o adiamento do homem no governo, percebem-se os sumos que nas curvas e bordejos da navegação estão