bandeiras aguarda o aparecimento do seu Homero. Os historiadores da velha escola (e mesmo o grande Varnhagen não constitui exceção) escreveram os seus trabalhos quase que só sobre aspectos do litoral. O interesse e o estudo da história do interior do país são produtos de tempos recentes, notando-se com justiça que se deve ao Estado de São Paulo a iniciativa desse movimento. O Estado, que é economicamente o mais próspero, se mostra ansioso por conhecer o seu passado e para isso organizou um serviço de pesquisas sitemáticas para o descobrimento de documentos antigos e incentivou a publicação de trabalhos colhidos nos arquivos. Ultimamente, diversas tentativas têm sido feitas para se aproveitar integralmente essa abundante fonte de materiais. Historiadores puramente descritivos, entre os quais Affonso de E. Taunay, se dedicam a trabalhos de investigação, em ricos arquivos e na coleta de dados e detalhes históricos(75).Nota do Autor
Autores mais realísticos e de obras mais amplas, como Alcântara Machado, já fizeram ensaios para formar uma síntese do bandeirante paulista(76),Nota do Autor
e sociólogos, como Oliveira Vianna, trabalham em ensaios sobre a formação da população.(77)Nota do Autor
Todos eles deixam transparecer a influência exercida por J. Capistrano de Abreu, e seguem as suas diretrizes.
Oliveira Vianna divide a história das bandeiras em dois períodos, resaltando a distinção entre: a) o ciclo