ou o fazendeiro e o paulista, podem coexistir e coexistem historicamente. Cada um é o produto típico de um período, constituindo a base econômica de uma época política correspondente.
E, geralmente a esta evolução, o tipo do sertanejo permanece inalterável, passivo e conservador, muito pouco influenciado pelo tempo.
Dos elementos humanos do Brasil, somente um não possui raízes na história nacional, no solo brasileiro. É o "estrangeiro", isto é, o recém-chegado imigrante europeu. Muitas vezes ele se aclimata de tal modo no país que se torna um fazendeiro ou mesmo um paulista, um pequeno lavrador, um negociante, comerciante ou trabalhador.
A falta de ligações genealógicas constitui um elemento novo no desenvolvimento do país.
Estamos deixando de lado as causas etnográficas e raciais, para investigarmos a evolução econômica do homem. Essa evolução tem a forma de uma composição musical polifônica. Umas após outras, novas vozes entram em cena, seguindo-se uma às outras, coexistindo, entrelaçando-se, contribuindo para a construção geral (da mesma maneira que a "fuga" é uma arquitetura musical). Em cada escala existe uma das vozes, que é a predominante, típica, orientadora. Entretanto, nesta "fuga" histórica, ainda não foi tocada a nota final, cuja harmonia coroa a fuga musical.
O BANDEIRANTE
O bandeirante é reconhecido como o herói nacional da história brasileira. A sua figura domina, de uma maneira até exagerada, a opinião popular, a eloquência política e os escritores históricos. A odisseia das