garganta de São Miguel, desceram-no até Guapacaré, atual Lorena, e dali passaram a Mantiqueira, aproximadamente por onde hoje a transpõe a E. F. Rio e Minas. Viajando em rumo de Jundiaí e Mogi, deixaram à esquerda o salto de Urubupungá, chegaram pelo Paranaíba a Goiás. De Sorocaba partia a linha de penetração que levava ao trecho superior dos afluentes orientais do Paraná e do Uruguai. Pelos rios que desembocam entre os saltos do Urubupungá e Guairá, transferiram-se da bacia do Paraná para a do Paraguai, chegaram a Cuiabá e a Mato Grosso. Com o tempo a linha do Paraíba ligou o planalto do Paraná ao do São Francisco e do Parnaíba; as de Goiás e Mato Grosso ligaram o planalto amazônico ao rio-mar pelo Madeira, pelo Tapajós e pelo Tocantins."(84)Nota do Autor
Não concordo com Oliveira Vianna, que distingue duas formas de bandeiras, aquelas de caráter guerreiro e as de caráter colonizador. O caráter guerreiro de todas as bandeiras era inevitável, em virtude de se dedicarem à caça de índios, à luta contra os jesuitas, contra os espanhóis, os índios, e os intrusos estrangeiros. A colonização foi consequência (e não o propósito) do movimento.
O fato do movimento não ser sempre de caráter pacífico explica a organização militar da bandeira.
"Numeroso ou pequenino, o grupo tem sempre, nas linhas mestras, organização militar. Formam-no um chefe, que é o capitão do arraial, um ou mais lugar-tenentes e o grosso da tropa, composto em sua maioria