"Muitos dos paulistas empregados nas guerras do norte não tornaram mais a São Paulo, e preferiram a vida de grandes proprietários nas terras adquiridas por suas armas."(89)Nota do Autor

Não somente os chefes, mas os membros das bandeiras também muitas vezes separavam-se e tornavam-se agricultores pacíficos e criadores de gado.

A conquista guerreira e sangrenta da terra levou três séculos. Somente com o advento do século XIX os bandeirantes desapareceram, tolhidos e paralisados nos seus movimentos pela nova vida, que ia criando as suas raízes. Em inúmeros lugares, vilas e cidades, ou nos latifúndios dos grandes plantadores e criadores de gado, podemos encontrar os seus descendentes.

A decadencia da bandeira originou o desenvolvimento da fazenda. O estabelecimento do bandeirante, o antigo "violador de sertões, fundador de cidades" como o chamou Bilac, transformado em fazendeiro, criou o verdadeiro tipo do fundador da nação.



O SERTÃO

O Sertão... De espaço a espaço, com a teimosia de um estribilho obsedante, com a insistência tirânica de um leit-motiv, a palavra aparece e reaparece nos inventários paulistanos dos dois primeiros séculos, a denunciar que para o sertão está voltada constantemente a alma coletiva, como a agulha imantada para o polo magnético.