do Governo e, em virtude de suas atividades, sucessor dos camaralistas europeus da segunda metade do século XVIII. A segunda época é representada pelo grande empreendedor, o Visconde de Mauá.
Os problemas do século XIX no Brasil correspondem aos problemas mundiais de um modo geral — a procura da estabilização econômica, organização e reformas financeiras. Os problemas econômicos dominavam os problemas políticos. O país ambicionava estabilização cambial e ordem nas finanças. Dois ministros da Fazenda da República parecem representar esse período: o brilhante Ruy Barbosa é o tipo negativo, e o calmo Joaquim Murtinho o positivo. A luta de Murtinho contra o papel-moeda, e as suas tentativas para conseguir o equilíbrio financeiro trazem-nos à lembrança, de maneira viva, a atividade contemporânea do Ministro das Finanças da Rússia, Serge Witte, e, numa escala menor, da propaganda de europeização de Joaquim Costa na Espanha.
José da Silva Lisboa, Mauá, Murtinho, jazem quase todos meio esquecidos no momento. O Brasil aclama os seus líderes políticos e esquece-se dos edificadores da sua economia.
A maior força do século XX na história econômica do Brasil foi a guerra mundial, que revolucionou a estrutura econômica do Brasil.
ADAM SMITH
O Brasil não era estranho a Adam Smith. Ele mencionou esse país no segundo volume da The Wealth of Nations referindo-se à discussão sobre a produção e o comércio de ouro, e dedica ao mesmo algumas considerações de ordem geral. As suas conclusões