Evolução econômica do Brasil

de D. João, e o iniciador do primeiro Banco do Brasil, também pertencera ao círculo dos admiradores e adeptos de Adam Smith. Um contemporâneo francês caracteriza-o como um "politique et economiste très distingué, très instruit dans presque toutes les branches du savoir". (129)Nota do Autor

E o historiador de D. João VI salienta que o Conde de Linhares se achava "sob a influência de Adam Smith e Turgot".(130)Nota do Autor

Tanto o Governo como a oposição adquiriam a sua sabedoria na mesma fonte — Adam Smith. Mesmo o patriarca da Independência, Jose Bonifacio, que costumava citar Byron e Walter Scott, e dedicar poemas à libertação da Grécia e à independência do Brasil, pertencia, como seu irmão Martim Francisco, o ministro da Fazenda, aos adeptos de Adam Smith.

A política econômica de D. João no Brasil, amparada pela Inglaterra e dependente da mesma, inspirada pelos adeptos da escola econômica inglesa, tornou-se um caso da aplicação prática do laissez-faire.

Dessa forma, o desejo secreto do protetor britânico, as intenções do Governo e as imediatas necessidades da colônia, onde as críticas mercantilistas de Adam Smith encontravam eco natural, estavam de acordo com a escola teórica daquele tempo. O começo do século XIX no Brasil manifesta uma rara correspondência entre as ideias econômicas, sistemas e necessidades; constitui o início da sincronização da economia do Brasil com a do mundo.