Evolução econômica do Brasil

da Bolívia, mas também para o assentamento de negócios com o Sindicato Boliviano.(169)Nota do Autor

A economia brasileira, na maior parte do século XIX, teve ainda um caráter acentuadamente colonial. As formas políticas mudaram rapidamente; a colônia tornou-se Reino, Império, República; teve uma forma de governo e um orçamento constitucional. O tipo de economia mudou muito mais lentamente. Predominava ainda o tipo de economia colonial, de dependência de colheitas tropicais, e do trabalho escravo. O fazendeiro, como vimos, era o principal tipo econômico e a força política dominante.

O estilo colonial da economia determinou as finanças do século e esteve em contínuo conflito com estas, porque as formas políticas e as novas necessidades do Estado independente necessitavam de maiores rendas, que a economia colonial era incapaz de prover. A organização fiscal era forçada a cobrir as suas necessidades por meio de emissão de papel moeda e empréstimos, os quais, acumulando-se, contrabalançaram o desenvolvimento do país, colocando sobre o Estado uma carga exagerada de obrigações financeiras.

Estes conflitos entre a economia e as finanças, um conflito comum à maior parte dos países sul-americanos, tornou-se o traço dominante da história finaceira do Brasil.

No capítulo II, seguimos a mudança perpétua dos produtos principais, como o traço dominante da economia