Evolução econômica do Brasil

brasileira. Não é de admirar que as finanças do país, dependendo dessa economia, se tornassem instáveis e desiguais, caracterizando-se por uma ausência constante de equilíbrio.

A espinha dorsal da sociedade do Império era o fazendeiro. Sua riqueza era sistematicamente evitada como objeto de taxação. A classe comercial era fraca; a industrial e a operária, quase inexistentes: o escravo não era um súdito econômico, e sim um objeto. As necessidades financeiras do Estado sé podiam ser cobertas por taxação indireta, na maior parte por meio de direitos de importação, e assim, a alfândega tornou-se o centro do sistema fiscal.

Somente no tempo de Mauá, que lançou os primeiros princípios da indústria e preparou o terreno para o elemento urbano, tornou-se possível fazer alguma cousa em prol de uma nova organização do sistema financeiro.

Do ponto de vista financeiro, o período republicano apresentou uma série de tentativas de reajustamento entre as finanças e a economia. A República começou a considerar o elemento urbano como a espinha dorsal do novo sistema financeiro. O primeiro presidente, o marechal Deodoro da Fonseca, no seu Manifesto (Novembro, 3, 1891) chama a indústria e o comércio \"esta poderosa classe\".

Podemos seguir este objetivo através do primeiro período repúblicano. O mesmo Deodoro da Fonseca, abrindo a Assembleia Constituinte, salientou a intenção do governo de \"dar mais autonomia às classes industriais, modificando as velhas leis num sentido mais liberal, regulando as instituições de Sociedades Anônimas, o regime de terras e o regime de bancos\";