Evolução econômica do Brasil

seu sistema econômico feudal à idade da máquina, apesar de mais de um século de constantes reformas.

Espero que esta investigação estimule a extensão da área geográfica do economista moderno e especialmente do historiador econômico, cujos horizontes, comumente, não ultrapassam os limites da Europa e dos Estados Unidos.

Todos os estágios da evolução econômica coexistem, hoje, no Brasil; e o historiador econômico tem oportunidade de tratar com um desenvolvimento finamente condensado. Pode marchar em diversos estágios por todos os séculos. Aqui, simultaneamente, existe o mundo primitivo no sertão, economia medieval nas cidadelas do interior, e civilização moderna nas cidades.

Muitos dos fenômenos darão provavelmente novas ilustrações ou novas provas à teoria econômica, especialmente no campo da circulação e dos bancos. Um estudioso de assuntos internacionais achará ensinamentos criadores da interrelação entre as finanças e a política. Descobrirá, por exemplo, que o Brasil foi, durante longo período, um membro não oficial do Império econômico da Grã-Bretanha.

Sei que negligenciei nestes estudos muitos problemas e aspectos importantes da economia brasileira. Sinto especialmente não poder incluir no capítulo III uma investigação do papel do jesuíta, do índio e do negro no desenvolvimento da economia brasileira. A falta de material disponível forçou-me a adiar esta investigação para outra oportunidade, em que terei accesso às fontes, tanto no Brasil como em Portugal.

Espero algum dia poder estender minhas pesquisas sobre uma série de outros problemas, não resolvidos.

Uma nota mais: este livro presume um conhecimento geral da geographia e história da América do Sul. Sinto-me justificado neste ponto, pois possuímos