Evolução econômica do Brasil

do Brasil"(218),Nota do Autor para a Inglaterra tal explicação era supérflua.

A Corte portuguesa no Rio de Janeiro tornou-se inteiramente dependente da Inglaterra; D. João teve de explicar em um manifesto especial por que motivo as mercadorias inglesas recebiam privilégios de tarifas especiais e uma taxa mais favorável do que as gozadas pelas mercadorias portuguesas.

O Correio Braziliense daquela época evidenciava claramente os lucros britânicos no Brasil:

"Os ingleses não podiam mais vender os seus artigos de lã e algodão em Portugal, é verdade; mas o mundo inteiro não sabe que as fábricas portuguesas exportavam um grande volume dessas mercadorias para o Brasil? Todas essas mercadorias, portanto, que eram exportadas para o Brasil das fábricas portuguesas não podem ir para lá agora; consequentemente, os ingleses é que estão em condições de fornecer o Brasil com esses artigos, pelo que eles lucrarão três vezes mais do que lucrariam com esses mesmos artigos em Portugal."(219)Nota do Autor

Mas o Correio compreendeu também "a desvantajosa posição em que se encontrou o negociante brasileiro com relação ao inglês"(220),Nota do Autor e acenava: "parece-nos que a parte portuguesa desse tratado foi traduzida do inglês".(221)Nota do Autor

O governo britânico, depois de 1808, tornou-se o necessário, indispensável intermediário entre Portugal e o Brasil, primeiro entre a Corte portuguesa no Brasil e Portugal e depois entre o Brasil independente e a sua antiga metrópole. Lord Strangford, o embaixador