britânico em Lisboa, até organizou o financiamento da transferência da Corte portuguesa para o Brasil.(222)Nota do Autor

Ele foi o árbitro nas questões familiares entre Portugal e Brasil; foi ele quem resolveu as questões financeiras entre os dois países.

A Inglaterra aproveitou a oportunidade para transferir alguns débitos portugueses a um devedor ainda virgem, o Brasil. Foi essa a origem dos primeiros empréstimos brasileiros no mercado de Londres. O Brasil fez dessa forma uma entrada prematura no terreno da economia do crédito, sob a direção dos ingleses.

Existiram outros episódios isolados: negociações sobre um empréstimo com Laffite & Co., em Paris, em 1829, empréstimos franceses ao fim do Império, uma grande colocação de títulos brasileiros nos Estados Unidos depois da guerra mundial, quando esse país entrou na brecha. Mas a Inglaterra era e ainda é dominadora, na esfera do crédito público brasileiro.

A Inglaterra arranjou os dois funding-loans; a Inglaterra enviou ao Brasil investigadores e reformadores, como Tootal em 1898, a Missão de Sir Edward Montagu em 1923 e Sir Otto E. Niemeyer em 1931.

A ligação entre a finança brasileira e o mercado inglês estava quase exclusivamente nas mãos dos Rothschilds de Londres, primeiramente nas mãos de Nathan Meyer Rothschild, um dos cinco filhos entre os quais o velho Anselm Meyer Rothschild, de acordo com a lenda, dividiu a Europa e, por intermédio da Europa, o mundo.