Evolução econômica do Brasil

E esse mesmo cunho científico do nosso pensamento econômico e financeiro será como que um farol que, nas trevas e nas tempestades, indicará com as suas fulguraçães, a rota segura que deve seguir nossa política econômica.

E essa rota trace-se não só com a dureza da objetividade do presente para um ousado arremesso futuro mas também com um profundo exame do passado, do qual o presente é um eco e o futuro uma projeção. Empenhe-se em fixar a ideia e nortear a ação que a realizará. E para isso é que as duas Sociedades se constituíram de professores e de banqueiros, de publicistas e de políticos, de estudantes e de financeiros, coordenando a teoria e a prática, reunindo o espírito de pesquisa que descobre ao senso dinâmico da técnica que executa. E é por isso, Sr. Dr. Cardozo de Mello Netto, que a Sociedade que ora se instala, convidou para seu Presidente, V. Exª., professor de economia política e homem de Estado, que se de um lado quer apreender a relação constante que liga os fenômenos, do outro, quer aplicar essa constância na variedade com o sentimento do oportuno, do justo e do máximo do efeito útil para a sociedade, numa aliança criadora da ciência com a política.

Não dirige o mundo a implacabilidade feroz do homo oeconomicus pela compressão esmagadora do materialismo histórico, fatal e invencível, como tank passando por multidões inermes e prostradas. Não. O homem não se dirige e não se guia só pela bruteza das necessidades materiais, mas também os sentimentos e as ideias o conduzem.

Foi o que Carlos Marx não quis ver. É o que comunismo não reconhece, na sua pregação contra o capitalismo, no seu estímulo à luta de classes. E afirma Marx que a produção capitalista se distingue por