A importação de capital estrangeiro, naturalmente, influenciou também a situação cambial e contribuiu para os intervalos de estabilidade. Ruy Barbosa profligou esse fator na sua explanação da alta "artificial" da taxa do câmbio no fim do Império.(272)Nota do Autor Essa explicação, combinada com a da deslocação da fronteira, parece ser plausível para este período, bem como para o período da estabilidade, depois das reformas Murtinho. No capítulo VII faremos uma tentativa de calcular as importações de capital.
A deslocação da fronteira exerceu influência moderada na depreciação do papel-moeda brasileiro, uma influência crescente em cada nova estrada de ferro, nova estrada de rodagem, nova linha de navegação, constituindo uma nova procura para meios de circulação.
O papel-moeda inconversível teve um caráter pronunciadamente governamental no Brasil. Desde 1829 ele coexistiu, de tempos a tempos, com o dinheiro-papel que também era, na maior parte, semigovernamental; e todas as tentativas para introduzir uma nota bancária independente resultaram num aumento do papel-moeda governamental inconversível. O papel-moeda governamental tornou-se o meio de circulação normal do país, inspirando mais confiança do que as notas de banco. O mil-réis, papel governamental inconversível, desempenhou uma grande missão, como veículo nacional de troca, mas nenhum auxílio pôde prestar nas relações internacionais.
A análise da distribuição local do papel-moeda, com referência à abertura de novos meios de transporte,