e a finança, a discrepância entre o Brasil econômico e político.(271)Nota do Autor As melhoras esporádicas do câmbio, depois de uma "reforma", não mudam a situação geral; nem é ela modificada pela influência das oscilações econômicas, quando os períodos de prosperidade criavam uma imensa procura por meios de circulação e ocultavam a situação real.
O estudo do papel-moeda brasileiro (e é esse, provavelmente, o caso de diversos outros países da América do Sul) chama a nossa atenção para outro assunto. Por que essa emissão de papel-moeda inconversível, que vem sendo praticada sem restrições há mais de um século, não resultou numa catástrofe monetária, à semelhança do que aconteceu na França com os "assinados", nos Estados Unidos, com os green-backs, na Alemanha, com os "marcos"?
A única explicação possível é o sistemático alargamento do mercado, a absorção de novas quantidadades pelas regiões que se vão integrando, pela deslocação da fronteira.
Uma estabilização prática verificou-se em todos os momentos, depois do deslocamento da fronteira. Como exemplo disso pode ser mencionado o ocorrido depois da pequena revolução industrial de Mauá, depois do novo movimento de industrialização do século XIX, e depois da revolução econômica causada pela Guerra Mundial.
Mas todos esses entreatos de papel-moeda estável e algumas vezes conversível foram apenas curtos episódios na história da moeda brasileira.