O Governo Provisório, nos primeiros meses de sua atividade, poderia ter repetido as palavras de D. Pedro I em sua carta ao seu pai: "Não existe mais dinheiro, nem eu sei como obtê-lo".(275)Nota do Autor
De fato, o Chefe do Governo Provisório, doutor Getulio Vargas, declarou no aniversário da revolução, em Outubro de 1931, que "do ponto de vista financeiro, a situação do país, ao deflagrar da revolução, era de completo caos".
O sentimento pós-revolucionário, como é costume, acusou o ancien régime da catástrofe financeira, e o país estava e ainda está inclinado a repetir a velha frase de Bernardino de Campos, que declarou em 1898, que "o estado financeiro..., a que nós agora chegamos, é a consequência lógica dos nossos crimes".(276)Nota do Autor
O novo governo iniciou-se com planos de reformas radicais. A ideia da nacionalização das empresas de utilidades públicas e a ampliação da propriedade do Estado em uma larga escala, tornaram-se o principal ponto de discussão. O fermento pós-revolucionário do costume e o desejo de mudanças drásticas exerciam a sua influência. O presente era caótico e o futuro obscuro. O problema do café, o ponto mais importante da situação, estimulou um dilúvio de projetos e experiências.
As estimativas do orçamento federal para 1930 calcularam os saldos como seguem: