outros detalhes diferiam; mas o de evolução, entretanto, era o mesmo — a mesma "fluidez de vida" — que é também uma característica específica da América e não dos Estados Unidos somente, o mesmo "contato contínuo com a simplicidade da sociedade primitiva", o mesmo "ponto de encontro entre a selvageria e a civilização". Era um movimento da costa para o norte, sul oeste — para o interior — movimento de séculos, às vezes rápido, às vezes vagaroso, mas um poderoso avanço dos postos de fixação brasileiros, atravessando quase um continente, ganhando um imenso sertão.

Como nos Estados Unidos, a primeira fronteira econômica do Brasil foi a costa do Atlântico, e "o avanço da fronteira significou um firme afastamento da influência europeia e um firme crescimento de independência na América". Como no Norte, a fronteira foi atingida primeiramente por meio de canoas ou cavalos, e podemos assinalar os mesmos tipos de deslocadores de fronteira — o pioneiro, ao qual corresponde a figura do bandeirante brasileiro, o emigrante, e, mais recentemente, o capitalista ou empreendedor, que algumas vezes se originam na própria fronteira, como resultado da transformação do pioneiro ou do emigrante, e em outras nela se fixa, com seu equipamento mental e material.

O Brasil foi, a princípio, estabelecido no litoral, como consequencia de uma outra deslocação de fronteira, quando a Europa, no inquieto século XV, procurou descobrir uma saída para o Oriente, achando-a na América.

No primeiro quartel do sáculo XVII, a colônia portuguesa limitava-se à costa.

O interior não havia ainda sido explorado. Nos séculos XVI e XVII, o Brasil se assemelhava a um imenso