O algodão brasileiro era um produto importante no mercado de Londres nos fins do século XVIII, mas a invenção da máquina de descaroçar algodão, em 1793, logo forçou o produto brasileiro a ceder lugar ao dos Estados Unidos.

No século XIX, o Brasil perdeu a supremacia do cacau em competição com o Equador, e, posteriormente, com a Venezuela e Colômbia.(19)Nota do Autor

No começo do século XX a borracha asiática batia a do Brasil. Mesmo no café, o Brasil perdeu o seu monopólio, embora ainda mantenha a supremacia do fornecimento mundial, não obstante a crescente competição que se estabeleceu com a Colômbia, Venezuela e América Central.

A prosperidade caracterizada pelas vertiginosas altas move-se de uma parte do país para outra, através de toda a história brasileira; e a crise de um produto reflete-se na situação do país inteiro.

Por outro lado, o Brasil não está predestinado, como Cuba, a permanecer um país monoprodutor. A própria mudança constante dos produtos principais é um indício da possibilidade da policultura.

Mas, antes de entrarmos na discussão desses assuntos, devemos recordar alguns fatos. Desejo tornar claro que não é minha intenção fazer a história, a descrição, ou traçar os dados econômicos de cada produto agrícola. Desejo apenas tornar conhecida do leitor a abundante literatura existente sobre o assunto.