O século XVII apresenta uma longa série de esforços oficiais da administração local para a descoberta de ouro, começando com o donatário Duarte Coelho em Pernambuco e Francisco de Sousa em São Paulo. Em São Paulo houve uma série de esforços nesse movimento, com o filho de Francisco de Souza, Luiz de Souza, Salvador Corrêa de Sá, pai, seu filho Martim, e seu neto Salvador Corrêa de Sá e Benevides. Depois de 1670, as bandeiras atravessaram mais intensamente o território da futura capitania de Minas Gerais, caçando índios para os paulistas. Avultam como as mais notáveis as famosas expedições de Rodrigo Castel Branco e Fernão Dias Paes Leme. O ouro foi encontrado em quantidades importantes somente no fim do século XVII, quando, em 1693, uma das bandeiras paulistas (Antonio Rodrigues Arzão) fez a primeira grande descoberta histórica. Minas de São João d'El Rei (1705) e as Minas de Goiás (1726) vieram após.

Nesse meio tempo, prosseguiram as descobertas no sertão: cada dia novas notícias mais animadoras chegavam, encorajando a formação de outras bandeiras, encontrando eco fora da capitania, na Bahia, em Pernambuco, e em outros pontos. Elas despertavam ambição do outro lado do oceano, na própria metrópole; e de todos esses lugares partiam multidões, atraídas pela riqueza do interior brasileiro, abandonando atrás a agricultura e outras ocupações, em que empregavam a sua atividade.

"Da Bahia se abria igualmente outro caminho para as minas, pelo vale do Rio São Francisco, e estabeleceu-se, desde logo, um ativo comércio de gado e suprimento de víveres aos mineiros, que, seduzidos pelo ouro, abandonaram de todo as lavouras".(36)Nota do Autor