Um especialista em agricultura apontaria muitos problemas, que precisam ser resolvidos, para que os produtos brasileiros possam competir com os de outras procedências.
Acredito que, falando de um modo geral a um historiador econômico, seria suficiente a realização da tentativa acima para poder explicar a mudança histórica dos principais produtos do Brasil, compreender os seus perpetuum mobile. A principal ideia é que o Brasil costuma ter a sua supremacia in prémeurs; mas quando o produto se torna objeto de um consumo em massa e uma produção em massa, sensível às oscilações de preço, quando as estradas de ferro e as companhias de navegação tornam possível aos principais artigos de todo o mundo alcançar os mercados em todas as partes do globo, e quando os transportes mecânicos combinados com as facilidades portuárias contribuem para soltar os produtos tropicais, o Brasil passa a não poder competir. O país inclina-se para uma economia extensiva em virtude da imensidade do seu território. Por isso, ainda não iniciou o período de transição conduzindo a novos métodos de produção na ocasião oportuna. Em todos os ramos de produção, vamos encontrar a mesma razão de queixa.
"A cultura da cana no Brasil, com raríssimas exceções, ainda é feita em condições atrasadas e anti-econômicas."(65)Nota do Autor
Um dos melhores economistas brasileiros, Cincinato Braga, nos dá a mesma resposta:
"... Por que a concorrencia nos expele assim de todos os mercados?