O Fico: Minas e os mineiros na Independência

rodando por entre uma dupla fila de soldados estendida ao longo do trajeto, levara da prisão do Templo à Praça da Revolução o infeliz monarca destronado. Somente quando, carregado a braços e, mais morto do que vivo, se achou, enfim, deposto como um fardo inerte num dos aposentos superiores do Palácio, é que a consciência se lhe foi despertando e recuperou a faia perdida, podendo então articular algumas palavras de satisfação e alegria".(4) Nota do Autor

Devemos, entretanto, reconhecer que há em tudo isso alguma literatura e uma boa dose de injustiça.

Os 13 anos de regência de Dom João VI no Brasil marcaram, inegavelmente, para nós, uma era de prosperidade, posto relativa, tanto na ordem econômica, como política, social e administrativa. A abertura dos portos às nações amigas, a revogação do odioso decreto que proibia a indústria fabril entre nós, a criação de tribunais, a elevação da Colônia à categoria de Reino, a transformação das Capitanias em Províncias, a imprensa régia, o incremento da imigração, o Conselho de Fazenda, o Banco do Brasil, o Jardim Botânico, o Museu de História Natural, a Biblioteca Pública, e tantos outros, são serviços inestimáveis que lhe devemos, e mais tempo vivesse entre nós, maior seria, sem dúvida, a influência benéfica do seu governo. Fosse isso, como querem alguns, uma recompensa por lhe haver proporcionado a nossa terra escapar-se das garras napoleônicas,

O Fico: Minas e os mineiros na Independência - Página 48 - Thumb Visualização
Formato
Texto