"Mas o que encontramos na Europa, no século XVI e mesmo no século XVII, como drogas principais das farmacopeias? Chifre de unicórnio, pedra de bezoar, pó de múmia do Egito, pérolas moídas, úsnea, o musgo raspado da caveira de um criminoso enforcado em correntes... Quando Sir Unton, embaixador da Rainha Elizabeth, na corte de Henrique IV, ficou doente, o médico do rei ministrou-lhe ‘Confetio Alcarmas’, composto de almíscar, âmbar, ouro, pérola e chifre de unicórnio, com uma pomba aplicada ao seu lado. O rei Carlos II, por ocasião da sua última moléstia - que se presume ter sido um embolismo - foi assistido por 14 médicos, que lhe prescreveram, entre outras cousas: julepo de pérolas, pedra bezoar, rapé, extrato de caveira humana, etc... Quando o Cardeal Richelieu se achava no leito de morte, bebeu uma mistura de excremento de cavalo e vinho branco. O médico herbanário do Peru no tempo dos incas, ao saber de tão grotescos tratamentos, devia formar um juízo bem pouco lisonjeiro do seu colega europeu".
Realmente assim deveria ser. O estado de cultura a que tinham chegado os habitantes da América, podia e devia ter sido aproveitado pelos advindos. Mas, eles bancaram os bárbaros, portaram-se como animais e destruíram.
Para que repisar, porém, o que a história tem condenado e flagelado tanto? O repúdio daquela conduta só não tem sido participado pelos celerados e pelos que dela não tiveram notícias. As consequências também estão patentes aos olhos de todo o mundo.
Se os mitos e as lendas adulteradas, que nos restam para reconstruir a história da agricultura e da fitognose nas eras anteriores à vinda dos portugueses e espanhóis para estas plagas, não chegam para descobrirmos a origem