Botânica e agricultura no Brasil no século XVI

o inquérito aberto a respeito da origem e história das plantas alimentares, eles nos forneceram mais do que forneceram e podiam oferecer os escritores depois do século XVII. Se não se apresentam como cientistas é porque de fato não foram tentados a escrever por essa veleidade e se não fornecem a matéria digerida, pelo menos no-la apresentam clara, límpida e despida de deduções prematuras. Examinando-se estes trabalhos fica-se estimulado para completá-los. Com relativa facilidade conseguimos também identificar as múltiplas espécies que mencionaram.

Por não terem sido levados na devida consideração pelos que escreveram a história da botânica do Brasil e nem aqui considerados por aqueles que tentaram fazer a história da agricultura no nosso país, merecerão atenção especial da nossa parte. Os trabalhos do século XVI serão examinados com cuidado porque são a base do restante e esta precisa ser bem feita quando se quer obter a estabilidade do conjunto.

Repetimos que é deveras lamentável não se ter hoje dado quanto aquelas vanguardas da colônia portuguesa escreveram. Sentimos ainda não nos ter sido possível obter tudo que existe impresso.

Aos que acompanharam historiadores das ciências biológicas do começo do século passado, dizendo que o estudo das mesmas teve início por ocasião do reinado do Príncipe de Nassau, em Pernambuco, precisamos dizer que, de fato, os autores do século XVI não escreveram obras especiais sobre botânica e zoologia. Eles foram leigos em assuntos de história natural, mas, apesar disso, as referências que deixaram para informações para as mesmas ciências, valem tanto como outras e têm o cunho da originalidade.

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