arqueológico, como pelo etnográfico, filológico e histórico, deve ser considerado um vegetal genuinamente americano, e que é o rei dos cereais, o único e melhor do nosso continente, nem por isto escapou da discussão. Em Siebold, teve quem o pretendeu identificar em alguns emblemas japoneses antiquíssimos e em Bonafous outro que o declarava de origem asiática.
A batata-doce (Ipomoea batatas Lam.) com suas múltiplas variedades e formas, confirmada como existente na América por Oviedo, que a mencionou como encontrada em Cuba e já em 1526 introduzida na Espanha, que depois disto continuou sendo mencionada por quase todos os escritores espanhóis e portugueses, ainda assim deixou De Candolle e outros em dúvida a respeito da sua verdadeira pátria; querendo uns que esta devia ser procurada no Velho Mundo e outros, a maioria, no continente americano. B. H. Groth, na sua obra The Sweet Potato, editada em 1911, pelo Botanical Laboratory of the University of Pennsylvania, U.S.A., é o autor que melhor esgotou a bibliografia dessa Convolvulácea, mas, enumerando-a, cita Hans Staden apenas por alto e menciona Thevet só pela referência de outro. Os trabalhos de Huldrichi Schmiedel, que a citou sob o nome de "Podades", como cultivada pelos índios do sul de Mato Grosso, Bolívia, Paraguai e Peru; e de Staden, não referiu a descrição do processo indígena para a sua multiplicação; e esqueceu ou ignorava, enfim, os trabalhos e citações de Anchieta, Lery, etc. e finalmente nem ao menos citou Gabriel Soares de Souza, que textualmente disse que na Bahia "não a plantam de rama como nas ilhas, mas em talhadas" como transcrevemos nas páginas 206 e 207 mais adiante, onde se vê que ele se referiu a muitas variedades e fez até alusão ao fato que as batatas doces são ventosas e úmidas.