Botânica e agricultura no Brasil no século XVI

A banana - representada por duas espécies que atualmente são consideradas apenas subespécies de uma só: Musa paradisiaca (L.), com múltiplas variedades e formas; cada uma, distinguida, praticamente, como subespécie normalis O. Kutz. com frutos só comestíveis depois de cozidos ou assados e sapientum (L.) O. Kutz., com os mesmos comestíveis em estado natural depois de maduros - embora constatada aqui pelos primeiros imigrados, continua, do mesmo modo, em discussão, por ter sido encontrada na Ásia e África antes do descobrimento da América.

O abacaxi (Ananas sativus Schultz.) que pertence a uma família de plantas exclusiva do continente e ilhas do Novo Mundo, que vem tão brilhante e claramente comentada pelos escritores do século XVI e desde os primórdios - disse Schumann - é, com muita carência de base, tida como cosmopolita antes do descobrimento deste continente.

A batata inglesa ou batatinha (Solanum tuberosum L.), que antes do descobrimento da América não era conhecida na Europa, e cujos tipos primitivos há poucos decênios se descobriram nas montanhas rochosas do Chile, existia dispersada de sul a norte aqui, e De Candolle reduziu todas as variedades aqui tidas em cultura antes do descobrimento e depois dele - desde 1560 para 1570 introduzidas na Europa - ao tipo nativo encontrado em estado natural nas montanhas daquele país e no Peru. Quem, entretanto, desconhecendo esses fatos vacilaria em dar crédito a um gaiato mal informado, que se arrojasse a afirmar ser essa planta tuberífera natural do Velho Mundo, por vê-la dispersada ali pela agricultura, ao ponto de ser hoje a base da alimentação de muita gente?

Nesta relação poderíamos citar ainda: a taioba,

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