dos clubes acadêmicos e pelas colunas dos jornais liberais da época. Com Luiz Murat, Gaspar da Silva e Xavier da Silveira fundou o Centro Abolicionista de S. Paulo. Fundou igualmente o Ça Ira, folha republicana e abolicionista, da mais vibrante audácia, e, com Figueiredo Coimbra, A Tarde, também republicana, que foi o primeiro vespertino surgido na capital paulista. Quando cursava o terceiro ano, transferiu-se, bem como toda a turma, para o Recife, em virtude do conflito com o lente Leite de Moraes, de quem Alberto Torres fizera uma crítica no Diário Popular. Nessa turma, que foi brilhantíssima, figuravam, entre outros, Raul Pompeia e Xavier da Silveira. Foi na faculdade dessa cidade que, aos 21 anos de idade, em 1886, Alberto Torres completou o seu curso.
Voltando para esta capital, abriu banca de advogado em companhia de Ubaldino do Amaral e Tomás Alves.
3.º — ABOLICIONISTA E REPUBLICANO
No Rio alistou-se nas hostes que, pela imprensa e pela tribuna, defendiam as causas da abolição e da República. Colaborou na Revista Moderna, dirigida por Luiz Murat, na qual escrevia as "Notas Políticas", na Semana, na Gazeta da Tarde quando Ferreira de Meneses e Patrocínio emprestavam a essa folha o máximo esplendor; no Correio do Povo, com Lopes Trovão e Sampaio Ferraz, na coluna republicana da Gazeta de Notícias. Fundou, em 1889, o Clube Republicano de Niterói, saindo em propaganda da República, realizando conferências e organizando o partido pelo interior da província. Nomeado promotor público pelo conselheiro Carlos Afonso, que então governava a província, não aceitou o cargo, embora seu pai fosse o chefe do Partido Liberal. Lançou então O Povo, que se tornou o órgão do Partido Republicano da província. Foi, por essa época, apresentado candidato a