Alberto Torres e sua obra

defesa da autonomia do estado, fez com que fosse seu nome indicado pelo partido dominante para ocupar o mais alto posto na hierarquia política do estado, o que se deu, substituindo ele o Dr. Maurício de Abreu.

6.° — PRESIDENTE DO ESTADO DO RIO

Alberto Torres exerceu o cargo de Presidente do Estado no periodo de 1.º de janeiro de 1897 a 31 de dezembro de 1900.

Mantendo-se sempre fiel aos verdadeiros princípios republicanos, opondo-se "à supremacia do partidarismo sobre a autoridade governamental", teve um governo trabalhoso e acidentado, sofrendo grande oposição, que, aliás, só serviu para patentear ilibada integridade, pureza de intuitos, severo culto ao dever e uma energia rara em nosso meio, a par de grande capacidade. Como escreveu o Jornal do Commercio, a sua passagem deixou traços indeléveis. Dous problemas, sobretudo, o preocuparam: a instrução pública e a agricultura. Quanto ao primeiro, introduziu, na instrução do estado do Rio, reformas capitais, dando, dessarte o mais louvável incremento à difusão da instrução primária, normal e secundária, tendo fundado o Ginásio Fluminense, em Petrópolis. Quanto à agricultura procurou desenvolver a cultura intensiva e racional pelos modernos processos científicos. Procurou dar instrução econômica e agronômica aos lavradores, divulgar culturas novas, distribuindo sementes e plantas, acompanhadas de instruções. Tratou do saneamento da baixada. Tentou estabelecer o grande cooperativismo entre os produtores para a defesa de seus interesses, e entrepostos para o café, no intuito de impedir as especulações dos intermediários.

"Seu espírito", diz Alberto Torres, em uma das suas mensagens, "era dominado pelo pensamento de fazer a política

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