o auxílio às crianças pobres que, concluindo os estudos iniciais, aspiravam ao ingresso no curso normal ou no secundário.
Foi o ensino moldado em gradação racional e pedagógica sem sobrecarga para o discente e sem trabalho exaustivo para o docente, por meio de programas adequados, na realidade cumpridos com vantagens para quantos procuravam nos institutos de instrução pública os elementos necessários à sua cultura.
Concretizando o conceito sensato de Laveleye, quando declara que, em qualquer outro assunto, a intervenção do Estado mata ou amortece a iniciativa individual, e, na educação ela a deve estimular e fazer nascer, porque, como bem acentuou o insigne polígrafo Silvio Romero, em matéria de ensino, o ideal é que o Estado não se envolvesse nele, não lecionasse, deixando essa função exclusivamente aos particulares, Alberto Torres estimulou o ensino livre, dentro das normas da boa fiscalização, como se faz mister em nosso país.
Compreendendo a necessidade de dotar os professores do estado da cultura necessária para orientar com acerto nas escolas rurais os que se destinariam à vida dos campos, instituiu nos estabelecimentos de ensino normal a cadeira de "Economia rural, noções de agronomia e zootecnia", demonstrando, desde logo, a necessidade de preparar uma política de trabalho rural que nos isentasse da importação de braços estrangeiros e que evitasse o congestionamento dos grandes centros urbanos, porquanto, como bem frisou em um dos seus trabalhos, "atrair imigrantes é um expediente sugerido pelo descuido intelectual dos políticos, não para solver o problema da organização do trabalho, mas para acudir à sua crise permanente, cada dia mais grave por efeito da própria panaceia adotada."
Da sua operosidade na organização escolar, com a qual