Alberto Torres e sua obra

reformou fundamentalmente o ensino na terra fluminense, decorrem ensinamentos os mais úteis e proveitosos.

Primeiro — a necessidade de considerar a instrução primária como elemento básico para a formação exata da nacionalidade.

Segundo — a conveniência de organizar o aparelhamento escolar sem a cópia ridícula da legislação estrangeira, quase sempre inadaptável ao nosso meio e de resultados ineficazes, produzindo a confusão e a balbúrdia por não serem atendidos os verdadeiros interesses nacionais.

Terceiro — o imperioso dever de dotar as zonas rurais com instrução adequada para formarmos o trabalhador brasileiro, dispensando-nos da imigração, que não vem solucionar os problemas da nossa economia, mas apenas resolver a situação pessoal do próprio imigrante.

Quarto — o franco estímulo à iniciativa individual em matéria de ensino, quando bem orientada, pois o estado ainda não emprega para a solução do problema cultural da formação da nacionalidade os grandes elementos imprescindíveis à sua consecução."(1)Nota do Autor

Em artigo publicado em setembro de 1910, no O Imparcial, Alberto Torres aprecia a sua presidência no estado do Rio e diz que — "elevado pela única força dos seus serviços e de seus atos absolutamente abnegados à presidência do estado do Rio, num período em que, em luta com uma das mais apaixonadas e virulentas oposições levantadas neste país contra um governo, e com uma tremenda crise financeira resultante de enorme baixa na produção e no preço do café, de cujo valor vinha a quase totalidade da receita do estado, já onerada com responsabilidades consideráveis pelas administrações anteriores, desenvolveu e executou um programa de política

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