O idealismo da Constituição

no último quartel do século III, só no primeiro quartel do século IV chegaram à plena maturidade do espírito e do caráter.

Essa geração é que inspirou e dirigiu toda a política sonhadora do I Império; ela é que inspirou e dirigiu toda a política tormentosa do Período Regencial. Só depois da Maioridade, depois de 1840, começou lentamente a deixar o poder, selecionada pelo ostracismo partidário, pela fadiga da própria velhice, ou pela morte: e era Feijó, e era Evaristo, e era Caravellas, e era Cairu, e era Baependi, e era S. Leopoldo, e era a constelação dos três Andradas.

Desta geração do I Império, de iniciadores e fundadores, restaram, entretanto, alguns tipos superiores, que prolongaram a sua atividade pelos dois decênios seguintes à Maioridade e vieram colaborar ativamente com a nova geração — a geração do II Império, que surgia com o futuro Paraná, o futuro Rio Branco, o futuro Uruguai, o futuro Itaboraí; geração nascida já no século IV e saída, quase toda, das academias, recentemente fundadas, de São Paulo, da Bahia, de Recife e do Rio. Entre estes sobreviventes gloriosos estava Abrantes, estava Vasconcellos, estava Monte Alegre, estava principalmente Olinda, cuja singular resistência orgânica lhe permitiu percorrer talvez o mais longo itinerário político de que há notícia entre os nossos grandes homens públicos.

Ora, essa geração — a nossa primeira geração política, que presidiu à nossa organização constitucional e cuja influência tão considerável se estende por todo o

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