Páginas de história do Brasil

melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar."

No primeiro contato de Portugal com o Brasil, ficou arvorada a Cruz. Era um símbolo e uma promessa. Mas não era ainda a semente. Esta viria, prolífica e abundante, quase meio século depois, em 1549, com a instituição do Governo Geral e a chegada dos jesuítas.

Fatores religiosos.

O período intermédio faz lembrar certas casas apalaçadas. Depois dum pórtico majestoso, segue-se o campo ao ar livre, com alguma árvore ou estátua, aqui e além: só mais distante se ergue o palácio que se busca. Nestes 49 anos aportaram ao Brasil, nas regiões de Porto Seguro e Santa Catarina, alguns religiosos, que não chegaram a aprender a língua brasílica. Um deles morreu afogado no Rio do Frade (daqui o nome do rio) e os outros foram mortos pelos indígenas, segundo a versão de Anchieta. Da sua atividade apostólica não ficaram vestígios.

Alguns sacerdotes seculares completam o quadro do clero neste período obscuro. Mas esta gente ia para o Brasil ou por ser indesejável em Portugal ou por motivos de interesse imediato, como os próprios colonos. Nestas condições, não se elevavam acima deles. Sem defesa espiritual suficiente, enredavam-se, em geral, nos meandros da mancebia. Esvaía-se o zelo; anulava-se o prestígio, e faziam mais mal do que bem com o exemplo de uma vida livre e interesseira, em desacordo com a própria vocação.

Depois da chegada dos jesuítas, melhorou a condição daqueles sacerdotes. E a pouco e pouco foram-se

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