erigindo os quadros hierárquicos: a diocese da Bahia, em 1551; a Administração Eclesiástica do Rio de Janeiro, em 1576. Os portugueses tinham os seus párocos.
A seguir a 1580, isto é, mais de trinta anos depois do apostolado dos jesuítas no Brasil, vieram estabelecer-se na Colônia os beneditinos, os franciscanos (agora de modo fixo), e os carmelitas. A atividade destes diversos religiosos começou a sentir-se no fim do século e nos seguintes. Eles, com o clero secular, concorreram com a sua parte, preciosa sem dúvida, para a cristianização da terra. Mas todos os historiadores afirmam unanimemente, em face dos documentos, que a Companhia de Jesus foi a iniciadora do movimento espiritual do Brasil, guiando por sua mão, segura e maternal, o despertar da grande nação para a civilização cristã.
Sem desconhecer o concurso dos demais, pode-se, sem receio, emitir esta proposição exata: a história da Companhia de Jesus no Brasil, no século XVI, é a própria história da formação do Brasil nos seus elementos catequéticos, morais, espirituais, educativos e em grande parte coloniais. A contribuição de outros fatores religiosos não modifica sensivelmente estes resultados.
A Companhia de Jesus.
A Companhia de Jesus tinha nove anos de existência oficial, quando chegou ao Brasil em 1549. Período, portanto, que se pode chamar de expansão, caracterizado pelo espírito de iniciativa, diciplina criadora, entusiasmo que facilita a conquista. Quinze dias depois de chegarem, já tinham os jesuítas desencadeado a ofensiva contra a ignorância, contra as superstições dos índios, e contra os abusos dos colonos. Abriram escolas de ler e escrever; pediram a Tomé de Sousa que restituísse a suas terras os