que faziamos nos redutos de Santo António e de Luiz Barbalho. Avisei ao Governador e Conde que se não inquietassem nem lhe dessem cuidado, porque não era cousa que lho pudesse dar. Contudo socorremos logo os ditos fortes com quatro companhias, a dos Capitães Pero de Lima, Manuel Mendes Flores, Paulo de Barros e Cristovão da Cunha. Quando lá chegaram não foi necessário, porque se haviam retirado mui bem canhoneados dos fortes.
Acabada a briga, reconhecemos havermos morto muita gente ao inimigo, de que darei conta a V. Majestade na relação de amanhã, porque o tempo agora não dá lugar para mais que acudir à cura dos nossos feridos, de que já temos no hospital a esta hora, que é meia noite, em que faço esta, 110, fora os capitães, que recolhi em casas particulares. E temos já recolhidos 33 mortos. Sairam feridos o capitão Sebastião do Souto, passado de parte a parte pela barriga, duvido muito que viva. Sairam mais feridos os ditos capitães D. Pero de Roxas António Roiz, do têrço de João Ortiz, D. João de Tovar, João Pais de Mela, que esteve cativo nos principios e, despido escapou muito ferido, do têrço de Portugal, de que é sargento-mor António de Freitas da Silva, que também saiu com uma ferida de pouca consideração, e António Bezerra Monteiro, do têrço do mestre de campo Luiz Barbalho; e também sairam feridos o alferes Pero Gomes, que o é da companhia do mestre de campo D. Vasco, e Francisco Gil, alferes de D. Fernando de Lodenha, abrasado no rosto de uma granada, e alguns reformados. E de tudo farei relação à-parte.
Neste estado ficam as cousas e o tempo não dá lugar a mais. Guarde Deus a católica pessoa de V. Majestade. — Baía, 18 de maio de 1638. — Pedro Cadena de Vilhasanti."