descobriu o formoso estuário do nosso grande rio central, as riquezas sem número desta vasta região atraíram a atenção dos viajantes e a cobiça do homem, sempre à cata de oportunidade de enriquecer. A 29 de março de 1549 aportou à Bahia Thomé de Souza, primeiro Governador Geral da Colônia, encarregado por D. João III, o sábio monarca luso, de lançar as bases da fundação do grande império colonial descoberto pelas naus de Cabral quando D. Manuel, o Venturoso, procurava ultimar a grande epopeia concebida e preparada pelo Infante D. Henrique, continuada por D. João II e terminada no seu governo. Quem acompanha a História portuguesa repele a ideia de acaso no devassamento do Universo pelo punhado de heróis lusos nos séculos XV e XVI. Tudo leva a crer que os sábios navegantes congregados na Escola de Sagres tinham conhecimentos aprofundados da verdadeira conformação do globo terráqueo. Quando D. João II desprezou as propostas de Colombo, que pretendia atingir as Índias seguindo pelo ocidente, ele conhecia o absurdo da ideia do genovês. D. João III foi o estadista que delineou os alicerces da grande nação que será o Brasil.
Na comitiva de Thomé de Souza vinha Garcia d'Avilla, o precursor de nossos bandeirantes. Circunscritas ao litoral na primeira metade do século XVI, só após a chegada de Thomé de Souza começaram as penetrações pelo sertão. O gado trazido pelas caravelas multiplicou-se com rapidez. Garcia d'Avilla, penetrando o São Francisco em correrias contra os selvagens, lobrigou as vantagens de aproveitar os vargedos, vazantes e carnaubais para o desenvolvimento da pecuária no vale em questão. Os engenhos de açúcar se localizam nas imediações da faixa litorânea, aproveitando as possibilidades das terras de massapé do recôncavo baiano, e a pecuária se introduziu pouco