são-franciscanos, além de concorrerem para a manutenção dos patrícios que lutavam pela causa nacional, vinham em turmas trazer o seu braço forte e destemido para engrossar as falanges que pelejavam pela unidade do Brasil.
Garcia d'Avilla é um dos grandes vultos da História pátria. Penetrando pelo vale do São Francisco, do norte para o sul, em direção oposta à corrente, ele escolheu pontos apropriados, construindo currais primitivos, deixando em cada um deles um casal de escravos, dez novilhas, um touro e um casal de equinos, lançando assim a semente da maior e mais estável das riquezas nacionais. João Ribeiro, Euclydes da Cunha e Vicente Licinio Cardoso, analisando os fenômenos da nossa História, chegaram à conclusão de que devemos a nossa unidade quase que exclusivamente ao fator geográfico resultante da existência do grande curso d'água navegável que une partes longínquas do país, em pleno hinterland brasileiro. O vice-reinado do Prata, livre do jugo espanhol pelo gênio de Simão Bolivar, contava também com a unidade de língua, de costumes e de crenças, fatores que eram comuns aos originários da Lusitânia. Faltava, porém, aos hispano-americanos o elemento de união geográfica constituído pelo São Francisco, e por esta razão eles se esfacelaram. As embarcações rudimentares que transportavam os emboabas e os víveres para os garimpos ou a carne e os couros para os engenhos foram fatores decisivos que auxiliaram os gênios do Patriarca e de Caxias a manterem a unidade nacional, motivo do nosso justo orgulho. A natureza pródiga nos facultou elementos de vida e de progresso que até agora não soubemos aproveitar. Os travessões naturais de pedra que interceptam o curso do São Francisco impediram até então que este grande rio se escoasse