esta já publicada, de excursão através do Continente Negro empreendida por pessoas nascidas no Brasil, que é o Diário da Viagem do Moçambique para os Rios de Sena, seguido de Instruções e Diário da viagem da vila de Tete, capital dos Rios de Sena, para o interior da África, seu complemento natural, há poucos anos (1944) reeditado pelo Instituto Nacional do Livro, com Nota Prefácio de Sergio Buarque de Holanda, em Diários de Viagem de Francisco José de Lacerda e Almeida. Este ilustre naturalista, nascido em S. Paulo, e falecido nessa viagem pelo interior da África, se seu organismo lograsse resistir à morte, teria sido o precursor de Barreto Ivens e Serpa Pinto, unindo a Costa Oriental à Ocidental, isto é, ligando num todo geográfico os domínios portugueses de Moçambique aos de Angola, empresa que impediria o arrojado empreendimento de Cecil Rhodes.
Os diários de Lacerda e Almeida referem-se, porém, a região diversa da visitada por Ferreira Pires. As duas obras como que se completam, ocupando-se a narrativa do geógrafo e naturalista de S. Paulo da zona subtropical da África, havendo iniciado a penetração pela costa oriental: a do padre baiano, tratando da zona equatorial, e partindo da costa oeste em direção ao interior.
Em 1949 tivemos o prazer de travar conhecimento com o jovem erudito português Dr. Alberto Iría, competente e devotado diretor do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (ao tempo A. H. Colonial), por ocasião do 4º Congresso de História Nacional, reunido no Rio de Janeiro de 21 a 28 de abril. A boa camaradagem que entre nós se estabeleceu, e felizmente perdura, animou-nos a pedir-lhe que, ao chegar a Lisboa, nos remetesse um rol dos documentos existentes em sua repartição relativamente à Embaixada de Dagomé e ao presbítero Ferreira Pires. Pouco tempo decorrera, e já tínhamos em mão uma carta bastante honrosa, acompanhada de lista