ele também vimos referência no livro de Adolfo Morales de los Rios Filho, O Rio de Janeiro Imperial, onde aparece apontado entre as publicações que eram encontradas nas livrarias e alfarrabistas de antanho. Mas - o que talvez se deva à raridade da obra - deixou ele de constar do Catálogo da exposição de História do Brasil, realizado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em dezembro de 1881, onde, entretanto, vem mencionado opúsculo de Gallès, de bem menor valor, posteriormente escrito. (1)Nota do Autor
O intercâmbio comercial entre a França e o Brasil, depois de assinada em 1814, com a derrota de Napoleão, a paz na Europa, foi autorizado por decreto de 18 de junho do mesmo ano, firmado pelo Príncipe Regente, D. João, que rematava, assim, o regime liberal instituído pela Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, de que praticamente, devido ao bloqueio continental, a única usufrutuária vinha sendo a Inglaterra.
Não há dúvida de que as primeiras expedições mercantis da França ao Brasil não se assinalaram pela solidez e opulência dos carregamentos britânicos, em seus contatos iniciais com os mercados da América Portuguesa. Mas o traço comum que houve nos empreendimentos das duas nações rivais foi o total desconhecimento das necessidades das populações que pretendiam abastecer. Quanto à Inglaterra, as consequências foram as que, de modo tão incisivo, apontou John Mawe, em seu conhecido livro. (2)Nota do Autor No que diz respeito à França, não há certamente depoimento mais valioso que o de Horace Say, testemunha ocular também dos fatos, pois deixou seu país em princípios de 1815, com destino ao Brasil, onde vinha iniciar uma carreira comercial, que se prolongou por vinte e cinco anos. (3)Nota do Autor "As primeiras expedições",