O colonialismo português e a Conjuração Mineira; esboço de uma perspectiva histórica dos fatores econômicos que determinaram a Conjuração Mineira

Campo, onde aparecia a principal inspeção, depois subia a Carijós, Ouro Branco e atingia a antiga Vila Rica. Desta sede da governança das Minas Gerais havia ligação sul com Carandaí, e, através do Rio das Mortes, com S. João del Rey. No lado oposto dispunha de outra com Mariana, que infletia para o norte até Catas Altas. As demais comunicações entre capitanias suscetíveis de se prestarem a descaminhos de ouro, foram proibidas, abandonadas e invadidas por matagais.

Assim requeria o combate à evasão do minério, dirão os colonialistas, contudo, a poder do sacrifício do progresso e elementares condições de existência na colônia, exatamente o assunto do livro do Sr. Pereira dos Reis. Para dar ideia do que era a vigilância por volta de 1770 nas intercomunicações forçadas entre vilas, arraiais e fazendas, por onde deviam circular abastecimentos, mineradores e o fisco, temos na zona de Pitangui a Sabará (nos caminhos que transpunham os rios Paraopeba e o das Velhas, citadas ao acaso as fazendas de Jerônimo de Abreu, São Gregório, Campo Alegre, Matias de Sousa, Rodeadouro, Ribeirão da Mata, Taboca, Melo, Pau de Cheiro, Pega-Bem, etc....), os registros de Ribeirão de Areia, Sete Lagoas, Jequitibá e Zabelê, aos quais se acrescentavam os pousos das patrulhas da Barra dos Macacos, Riacho de Areias, Venda Nova, Contagem Velha, etc., ou seja, quase tantos pontos fiscais e de vigilância militar quanto vilas e fazendas!

Não pararam aí as draconianas disposições. Nos portos eram apenas permitidos contatos da tripulação dos navios com funcionários da Coroa. Em terra eram os marujos destacados para os trabalhos de mantimentos e outros misteres, seguidos como sombra por escoltas militares a fim de que se não comunicassem com a população. Os recintos para onde os enfermos iam à espera de melhoras, permaneciam estritamente isolados, e, se temerário

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