Portugal se vierem com o tempo a perder pela mistura da raça as feições mouriscas, que nos são tão próprias, para as fazer reviver, será bom recorrer a esta capitania, onde as há em toda a sua pureza". (8) Nota do Autor Nicolas J. Debbané julga até que, no primeiro século da colonização, a gente emigrada da península para o Brasil era principalmente arabizada. (9) Nota do Autor Gente da Extremadura espanhola, da Andaluzia, do Alentejo, do Algarve. A plebe moçárabe dos ferreiros, dos sapateiros, dos pedreiros, dos carpinteiros.
Vários elementos ou traços caracterizavam a casa-grande colonial brasileira. Traços que estariam em harmonia com as necessidades de defesa do colono, - defesa contra as chuvas, contra os bichos, contra os índios, contra os piratas. Uma das condições da casa-grande, por exemplo, era a de ser bem sólida. Ter um aspecto por assim dizer de reduto, de fortaleza, de castelo, - o cubo da obra quase matemático, com a sua torre coberta de telhados de quatro águas; as paredes, brancas e grossas, de alvenaria (em geral com argamassa misturada ao óleo de baleia), rasgadas de barbacãs; as muralhas de arrimo; os enormes vigamentos "medrosamente aproximados" uns dos outros; o sino para dar alarme; os peitoris e ombreiras de cantaria; a fachada onde predominavam os cheios. (10) Nota do Autor As primeiras feitorias portuguesas, levantadas no litoral do Brasil, são fortins, são casas-fortes, são arraiais, são blockhouses artilhados. Vejam-se as gravuras de madeira da obra de Hans Staden: lá estão as ameias, os torreões, os muros ataludados. Os sítios escolhidos são as eminências ou morros, a eleição das acrópoles sendo um costume que os colonos não aprenderam apenas com os índios da terra: Jacques de Morgan já observou que a preferência pelas alturas constituía uma prática tradicional dos povos chamados arianos (11) Nota do Autor . Muitos dos elementos da casa-forte